A quantidade de mediuns que entram e saem dos terreiros em São Paulo e no Brasil , são enormes , alguns mudando para outro terreiro ou dando inicio a uma nova casa . Tenho certeza que este grande fluxo de pessoas ocorre porque haja uma reciclagem na religião e em função das afinidades entre as pessoas , assim como seus objetivos . A minha intenção neste texto é retratar algumas situações que ocorre no processo de saída . Nestes processos que envolvem mudanças , existe um tempero ardido , chamado de relacionamento pessoal , onde a religião diminui e crescem as deficiências de convivência. Estas mesmas deficiências darão abertura a um comportamento hostil envolto em um manto de mentiras e desentendimentos . A partir dai o medium que se mostrou dedicado , ou aparentemente dedicado , vai forçar a sua propria saída pelas portas do fundo. Começa agora uma sequência de dissabores , problemas com os compromissos assumidos , desrespeito aos horários estabelecidos e um total descaso com os problemas da casa . Temos ai um comportamento típico de quem quer sair , mas não tem iniciativa de verbalizar "EU QUERO SAIR ' . Este comportamento sempre tem um final infeliz , seja pelo lado da casa , representada por um dirigente e também pelo lado do médium que acaba se queimando . O pior neste cenário obscuro é o comportamento posterior onde o médium que saiu , sai falando da casa e quem ficou na casa fica falando do médium . Tudo isto deve ser evitado e tudo deve ser encarado como relacionamento pessoal e não religioso . O desprendimento e a solução estão nas mãos de ambos os lados . O dirigente pode tomar a iniciativa e através do diálogo fazer com que o médium sai pela porta da frente .
(14.12.07) ... retirado internet